quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Infância ameaçada

[…] Tudo começou em um almoço com Ana Lucia Villela, presidente do Instituto Alana, que faz um trabalho importantíssimo na questão criança e consumo. Ela pediu para que eu registrasse vídeo-aulas com os conselheiros do Instituto. A partir deste contato com os conselheiros percebi que havia uma necessidade urgente de reflexão sobre o assunto.
Combinado a isso, em casa, percebia que meus filhos (tenho 3), mesmo assistindo bem pouca TV (só deixo sábado de manhã) estavam sendo usados como promotores de venda. Quando meu filho, na época com três anos, me pediu para eu por gasolina no posto Shell, percebi que estava na hora de fazer um documentário para refletirmos sobre este abuso.
Como mãe, eu acredito que não se deve usar a criança como mensageiro da marca. Quer me convencer de usar a sua gasolina? Fale comigo, não use meu filho.
Nossas crianças estão sendo usadas como promotores de venda. Estão virando consumidores e deixando sua infância de lado. Temos tanto tempo para sermos adultos e, enquanto adultos, sempre nos referimos à nossa infância. Qual é a pressa de deixarmos de ser criança? Quem ganha com esta infância encurtada? Certamente não são os nossos filhos. Existe uma necessidade urgente de reflexão sobre isso.
Prentendemos mandar o filme para todos os festivais nacionais, colocar em circuito alternativo de exibição e também distribuição em pontos de venda. O importante é que circule. Que todos parem para pensar. É a infância que está em jogo…
Disponível em : http://www.ladybugbrazil.com/2008/12/31/entrevista-crianca-a-alma-do-negocio/

Criança, a Alma do Negócio
Quando eu era criança, meu sonho era ter um Pense Bem. Hoje isso parece extremamente prosaico, e eu não digo isso por que tenho qualquer saudosismo dos anos 90. Digo isso porque esta são algumas das coisas que eu quis e não pude ter. Não ter tido um Pense Bem não fez de mim uma pessoa pior, menos inteligente ou menos sociável. Pelo contrário, fez com que, ainda criança, eu tivesse uma noção de limites e de atribuição de valor às coisas que realmente importavam. Essa historinha me veio à cabeça quando assisti ao forte documentário de Estela Renner, “Criança, a Alma do Negócio”, que mostra a perversidade com que a indústria e a publicidade lidam com este público.
Sou defensora da urgência da infância e acredito que as crianças são seres plenos, complexos e pensantes. Por isso me incomoda tanto a abordagem da publicidade junto a elas, tratando-as como manipuláveis, um nicho de mercado. Criança que é criança quer se divertir, e tem o direito assegurado a fazer isso enquanto pode. O problema é que, por trás disso, há uma indústria poderosa, que descobriu a eficácia de falar diretamente a este público.
A discussão gerou um avanço na regulamentação das propagandas que não devem, por exemplo, se dirigir aos pequenos com verbos imperativos: “Compre”, “Peça”, “Use”. Mas isso não servirá de nada se os pais não adotarem uma postura diferente. No afã legítimo de agradar aos seus filhos, fazem das tripas coração para comprar tudo o que eles pedem. E, assim, criam verdadeiros monstrinhos insaciáveis.
Isso não é um libelo fefelechiano contra o capitalismo, mas uma defesa da formação de seres críticos aos que consomem. O Pense Bem de ontem é o celular de hoje. Se isso não for levado a sério agora, as próximas gerações serão reféns de algum artefato que ainda está para ser inventado.
Disponível em :http://anivelde.org/memoriaseletiva/2009/07/24/crianca-a-alma-do-negocio.htm




Criança a Alma do Negócio

Ninguém duvida que a cada dia que passa, nós, adultos, temos menos tempo para ser criança. Os dias estão mais “curtos”, o cansaço é maior e ir ao supermercado é o programa de fim de semana para muitos.
Com dias mais “curtos” e expedientes mais longos, quem tem filhos sabe o quanto é difícil recompensá-los por nossas ausências. No entanto, muitos não percebem que as crianças estão se tornando adultas precocemente e com necessidades de consumo que somente os adultos têm.
Este assunto delicado é o tema de um excelente documentário dirigido por Estela Renner para o Instituto Alana. Com o tema criança e consumo, o vídeo “Criança a alma do negócio”, de aproximadamente 50 minutos, aborda de forma inteligente e preocupante a invasão da publicidade na vida dos pequenos.
Apesar de o Compra3 ser um site de vendas, nossa missão é “elevar padrões” de vida e, justamente por este motivo, prezamos pela compra consciente e inteligente. Além disso, não é nossa intenção culpar a publicidade, pois ela faz parte de nossa vida.
A intenção é alertar a todos, para prestarem mais atenção em seus filhos, sobrinhos ou netos, tendo em vista que as nossas ausências criam necessidades.
http://blog3.compra3.com.br/2010/04/30/dica-para-o-fim-de-semana-cuide-das-criancas/

A infância corre um grande risco
Podemos perceber que a infância da futura geração corre um risco muito grande, em relação a ser uma “isca” na mão da propaganda que está sempre voltada a ela, pois é o público mais frágil e pode ser “usado” para convencer seus pais, que não percebe o quanto é “joguete” nas mãos dessas pessoas que não medem limites para vender, vender, vender. Estamos num mundo perverso e cruel, onde é cada um por si, e o resto não interessa a ninguém,agora esta na hora de darmos um basta nisso e enxergarmos o malefício dessa ganância, onde quem ganha é quem vende mais. O jogo não pára, e a tendência é o jogo de interesses, e os sempre priveligiados serão sempre os mesmos. Acorde sociedade.

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